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Gilberto Benevides

sábado, 16 de janeiro de 2010

O Expressionismo

No norte da Europa, a celebração fauvista da cor foi levada a novas profundidades emocionais e psicológicas. A partir de 1905, o expressionismo desenvolveu-se quase simultaneamente em países diversos. O alemão, em especial, caracterizado por cores intensas e simbólicas e imagens exageradas, tendia a abordar os aspectos mais sombrios e sinistros da alma humana.

Embora o expressionismo tenha adquirido caráter nitidamente alemão, o francês Georges Rouault (1871 – 1958) foi quem uniu os efeitos decorativos do fauvismo à cor simbólica do expressionismo germânico. Rouault foi colega de Matisse na academia de Moreau e expôs com os fauvistas, mas sua paleta e sua temática profunda o colocam como um dos primeiros expressionistas, ainda que isolado. A obra de Rouault tem sido descrita como “o fauvismo de óculos escuros”.

Rouault era muitíssimo devoto, e alguns o consideram o maior artista religioso do século XX. Começou como aprendiz de vitralista, e o amor a contornos severos que contenham cores radiantes dão vigor e enternecimento a suas pinturas de prostitutas e palhaços. Ele não julga essas desventuradas figuras, mas a extrema piedade com que as mostra causa poderosa impressão; assim, Prostituta no espelho é um libelo feroz contra a crueldade humana.

A mulher é uma caricatura de feminilidade, embora a pobreza ainda a leve a ataviar-se miseravelmente diante do espelho, na esperança de encontrar trabalho. O quadro, porém, não deprime; antes, oferece a esperança da redenção. Para Rouault, essa obra é, se não exatamente religiosa, pelo menos profundamente moral. Trata-se de uma triste versão feminina dos Cristos torturados que ele pintou, uma figura desacreditada, menosprezada e escarnecida.


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